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O governador Ronaldo Caiado (DEM) decidiu na manhã desta sexta-feira (20) afastar os diretores da Goiás Parcerias, com exceção do vice-presidente, Heitor Camargo, que deverá ser nomeado presidente interino, e de dois membros do Conselho de Administração, Larissa Rodrigues da Luz Silva e Arthur Ciro César Neto. A informação foi confirmada à Sagres 730, pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego), Pedro Sales, que é também membro do Conselho Fiscal da Goiás Parceria. O presidente afastado é Eduardo Macedo, ex-presidente do PMN.
A decisão ocorreu depois de o conselho suspeitar de um contrato assinado pela Goiás Parceria com o Escritório Silva Sociedade Individual de Advocacia de Taquaral, com dispensa de licitação, por R$ 402 mil, segundo revelou o jornal O Popular nesta sexta-feira. Em um mês, a empresa pagou R$ 170 mil ao escritório, incluindo um adiantamento de R$ 102 mil.
De acordo com Pedro Sales, o contrato já estava sendo investigado pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) a pedido do conselho fiscal, formado por ele, Bruno Magalhães D’Abadia e Adriano Rocha Lima. O ofício do conselho ao controlador-geral do Estado, Henrique Ziller, tem data de 19 de agosto.
De acordo com o ofício, o conselho identificou o contrato pelo site da Goiás Parceria assinado em 2 de maio “com objeto de prestação de serviço jurídico técnico e alteração do regimento interno e manual da Goiás Parcerias e demais atos normativos, com prazo de vigência de 12 meses, realizado por método de inexigibilidade de licitação”. Os conselheiros disseram que não encontraram no Diário Oficial do Estado publicidade do ato de inexigibilidade nem o extrato do contrato.
Posteriormente, em 12 de agosto, os conselheiros encontraram “um ato de dispensa de licitação, genérico”, referente a atos no valor de até R$ 50 mil. Diante do fato, o Conselho Fiscal solicitou, “de forma preventiva” manifestação e providências da CGE com relação ao contrato. Pedro Sales disse à Sagres que o governador encaminhou ofício nesta quinta-feira (20) à presidente do Conselho de administração da Goiás Parcerias, Larissa Rodrigues da Luz Silva, para destituição dos diretores, à exceção do vice, e de dois membros do Conselho de Administração.
Em entrevista à Sagres, o ex-presidente do PMN e presidente afastado da Goiás Parcerias, Eduardo Macedo, negou que haja ilegalidade no contrato com o escritório de advocacia. De acordo com Macedo, a contratação foi realizada devido ao fato da Goiás Parcerias não poder contar com o apoio jurídico da Procuradoria Geral ou da Controladoria Geral (CGE) por ser uma empresa de economia mista.
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