Após recomendação do MP, municípios desinstalam cabines de desinfecção contra o coronavírus

Orientação foi feita a partir de nota técnica da Anvisa, que não constatou eficácia dos equipamentos no combate à Covid-19.

MP recomenda desativação de cabines de desinfecção contra o coronavírus em cidades goianas

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou a desinstalação das cabines de desinfecção contra a Covid-19 em Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia e Pires do Rio. A recomendação foi feita com base em nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que concluiu que as estruturas não possuem eficácia científica no combate ao coronavírus.

Em Abadia de Goiás, as cabines funcionaram somente por uma semana. Uma delas havia sido instalada na porta de uma Unidade Básica de Saúde e a outra na porta do Hospital Municipal. No dia 5 de junho, ambas foram desligadas atendendo à recomendação do MP.

A secretária de Saúde de Abadia de Goiás, Eliane Águas, afirmou que, caso um estudo científico comprove a eficácia das cabines de desinfecção, elas poderão voltar a funcionar. “O que está em questionamento nesse momento é a eficácia, é a evidência científica da utilização da cabine”, diz.

Também seguindo a recomendação do Ministério Público, a Prefeitura de Pires do Rio suspendeu o uso da cabine que havia sido instalada na praça central da cidade.

Por sua vez, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que "não instalou nenhuma cabine de desinfecção no município". Assim, "por parte da secretaria, não existe nenhuma ativa".

Cabine de desinfecção em Abadia de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Os demais municípios goianos que instalaram cabines não chegaram a ser notificados, pois, segundo o MP, as recomendações são expedidas por iniciativa dos promotores, com base nas respectivas necessidades.

Orientação da Anvisa

De acordo com a nota técnica publicada pela Anvisa sobre as cabines de desinfecção, não há qualquer evidência científica que comprove a eficácia delas, já que o tempo que cada pessoa permanece na cabine - cerca de 30 segundos - não é o suficiente para combater o coronavírus.

Além disso, a Anvisa também menciona que os produtos liberados para a desinfecção podem causar problemas à saúde das pessoas.

Cabine de desinfecção — Foto: Divulgação/Prefeitura de Caiapônia

Por Lis Lopes e John William, G1 GO e TV Anhanguera

Grupo de ciclistas é flagrado pegando 'rabeira' em caminhões na BR-060

Homem que estava na garupa de uma motocicleta filmou a imprudência. PRF alerta sobre as consequências da ação perigosa.

Ciclistas 'pegam rabeira' em caminhões, em Goiás

Um grupo de ciclistas foi flagrado pegando "rabeira” em caminhões na BR-060, próximo a Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia (veja o vídeo acima). Pela gravação, é possível identificar que cinco pessoas pegam carona nos veículos.

Quem filmou a ação foi o garupa de uma moto. O passageiro, que não quis se identificar, informou que gravou o vídeo durante a tarde do domingo (14). Segundo ele, o local tem uma subida intensa.

As imagens registram que três ciclistas estão apoiados em uma carreta. Outros dois se seguram em outro caminhão que seguia atrás. Inclusive, um deles se mantém apoiado durante uma ultrapassagem.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) alerta sobre o perigo de praticar ações como essa. Segundo o Inspetor Newton Morais, o "carona" pode se envolver em graves acidentes. Ele explica que não existe lei específica para autuar o ciclista. Já o caminhoneiro, por permitir a ação, pode ser multado em R$ 195, além de receber cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

“Não são ocorrências rotineiras nas BR’s, também não temos como multar o ciclista que pratica esse ato. Geralmente, os caminhoneiros não aceitam essas atitudes. Muitas vezes, eles não veem por conta do tamanho do veículo”, explicou Newton.

Ciclistas pegam rabeira em caminhões na BR-060, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Por Jamyle Amoury*, G1 GO

*Jamyle Amoury é integrante do programa de estágio entre TV Anhanguera e Faculdade Sul Americana (Fasam), sob orientação de Elisângela Nascimento.

Abadia de Goiás: Empresa de transporte coletivo suspende as atividades e retira ônibus de circulação na Grande Goiânia

Viação Reunidas atendia 200 bairros e transportava cerca de 1 milhão de passageiros por mês. Outra empresa passará a atender a região para evitar que passageiros sejam prejudicados.

Empresa do transporte coletivo decide parar de operar temporariamente em Goiânia

A empresa Viação Reunidas, uma das responsáveis pelo transporte coletivo na Grande Goiânia, suspendeu temporariamente as atividades e retirou os ônibus de circulação. O motivo foi a queda nas receitas da companhia causada pela pandemia do coronavírus e diminuição no número de passageiros. Ao todo, a empresa atendia 200 bairros e transportava cerca de 1 milhão passageiros por mês.

A suspensão começou no sábado (13) e não há uma data para que seja retomada. A Viação Reunidas operava 110 linhas que atendem as regiões oeste e noroeste de Goiânia, além de Trindade, Goianira, Abadia de Goiás, Guapó, Brazabrantes, Santo Antônio de Goiás e Nova Veneza.

A Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (Cmtc) informou que “determinou que a empresa Rápido Araguaia realizasse o atendimento nas linhas do arco Oeste, e que são operadas pela Viação Reunidas. A medida garante o transporte de passageiros sem prejuízo no embarque e desembarque”.

Ao todo, 400 funcionários também foram afetados com essa suspensão das atividades da empresa. A Viação Reunidas informou que os salários dos empregados e o vale alimentação estão atrasados.

“Com a pandemia, esse desequilíbrio foi drasticamente aumentado, chegando ao ponto da gente perde 70% das nossas receitas. Reduzimos os custos da empresa drasticamente, buscamos financiamentos nas instituições financeiras para cobrir essa falta de caixa, negociamos com o estado uma compensação por uma queda drástica de demanda. Porém, isso não foi suficiente para evitar que a empresa suspendesse suas operações”, disse o diretor executivo da empresa, Henrique Vinícius da Paz.

A empresa espera, agora, a liberação de linhas de créditos para que possa regularizar a situação financeira e voltar a operar.

Empresa retira ônibus de circulação devido a crise financeira — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Por Vitor Santana, G1 GO