Os municípios da Região Metropolitana de Goiânia passaram a receber cada vez Lançamentos de empreendimentos horizontais migram para a Região Metropolitana de Goiânia mais lançamentos de empreendimentos horizontais nos últimos anos. Das 91.351 unidades lançadas, quase 80% estão nestas 19 cidades do entorno, principalmente em Goianira, Trindade, Senador Canedo e Abadia de Goiás.
É o que mostra a pesquisa Análise do Mercado Imobiliário Horizontal de Goiânia e Região Metropolitana, que será apresentada hoje pelo SecoviGoiás e Associação dos Desenvolvedores
Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO).
O estudo da BRAIN – Bureau de Inteligência Corporativa deve contribuir para a atualização do Plano Diretor de Goiânia e a formatação de políticas de desenvolvimento urbano. Projeções
indicam que entre 2019 e 2024, a demanda vegetativa por domicílios deve somar 163.722 novas unidades em Goiânia e região.
Mas o volume de lançamentos horizontais nos últimos anos, ainda no mercado, ficou bem além desta expectativa de demanda. No segundo trimestre deste ano, haviam apenas 14.370 unidades disponíveis, ou 15,7% do total lançado, enquanto o ideal seriam, pelo menos, 20%, segundo o sócio consultor da Brain Consultoria, Marcelo Luiz Gonçalves. Ele lembra que houve migração dos lançamentos para municípios da Região Metropolitana por
causa da escassez de terrenos e maiores preços na capital.
Lançamentos de empreendimentos horizontais migram para a Região Metropolitana de Goiânia
“Isso gerou um aumento dos custos com infraestrutura, pois mais pessoas precisam se deslocar destas cidades para a capital todos os dias”, ressalta.
Por isso, Marcelo informa que há uma preocupação em relação ao parcelamento do solo no Plano Diretor para que os empreendimentos sejam competitivos na capital. O resultado é que algumas cidades da Região
Metropolitana têm mais lançamentos que Goiânia, proporcionalmente à população.
O presidente da ADU, Luis Alexandre Crincoli, também ressalta que as cidades vizinhas estão suprindo a demanda de Goiânia por novas moradias, o que causa problemas de mobilidade urbana, o que deve ser considerado pelo Plano Diretor. Ele lembra que houve um bom de loteamentos e quase tudo está sendo consumido. “Goiânia perde empregos e renda pelo travamento de seu Plano Diretor e pela falta de novas áreas para empreender”, destaca Crincoli.
Um dos problemas é a impossibilidade do parcelamento de áreas rurais, além do aumento dos preços na capital. Daí, o aumento da migração para cidades vizinhas. “O Plano Diretor terá que criar novas áreas urbanas para empreender, com a abertura de loteamentos e a expansão da indústria e comércio”, diz.
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