Líderes dizem que, como senador, o procurador de justiça atuou como um político municipalista
Procurador de justiça Demóstenes Torres, Gil Pereira, Paulinho Rezende e outras lideranças
O procurador de Justiça Demóstenes Torres esteve na quarta-feira, 16, em seis cidades: Abadia de Goiás, Aragoiânia, Cromínia, Pontalina, Professor Jamil e Varjão. Estava acompanhado do presidente da Associação Goiana de Municípios, Paulinho Rezende, e foi recebido pelos prefeitos de todos os municípios visitados. Como se tornou rotina nas incursões pelo Estado inteiro, Demóstenes conversou com políticos e outros moradores, ouviu opiniões sobre projetos e falou sobre o futuro. “Em seus nove anos e meio como senador, Demóstenes foi campeão de proposições legislativas, mas também um municipalista que atendia a todos os representantes das cidades, sem observar partido”, comentou Paulinho, que é prefeito de Hidrolândia, na Grande Goiânia.
Em Abadia de Goiás, Demóstenes obteve declaração de apoio de lideranças como o ex-prefeito Antomar Moreira, o que ocorreu igualmente em outras cidades. Antomar lembra que, mesmo fazendo oposição implacável ao governo federal nos mandatos do PT, “Demóstenes foi um excelente senador para os municípios”. “Quem exerceu cargo de prefeito ao mesmo tempo em que ele era senador se recorda de sua eficiência e de seu livre trânsito em Brasília”. O procurador diz ter voltado com “ótima impressão das gestões” da meia dúzia de prefeitos: Geraldo Antônio, de Professor Jamil; Gilvander Pereira, o Gil, de Cromínia; Milton Ricardo, de Pontalina; Nauginel Antunes, de Aragoiânia; Romes Gomes, de Abadia; Valdivino Divinico, de Varjão. Não revelou de quais obteve garantia de apoio: “Não é o que busco nessas visitas”.
Todos, inclusive Ricardo, eleito pelo PMDB em Pontalina e agora sem partido, estão com Marconi Perillo para senador e a reeleição de Zé Eliton para governador. Por onde passou, Demóstenes posou para fotos, concedeu autógrafos, debateu sobre a situação do Brasil, colheu sugestões para projetos. Em seus dois mandatos de chefe do Ministério Público, nos tempos como secretário de Segurança e como senador, Demóstenes sempre fez esse tipo de viagem. E, numa delas e para uma das cidades visitadas nesta quarta-feira (Varjão), ouviu do então vereador Leônidas Silva a sugestão: “Ele [Leônidas] contou que nos municípios sem maternidade, que eram a maioria no Estado, estavam ficando sem população natural”, narra Demóstenes. Da certidão de nascimento era obrigatório constar o local do hospital, não o da residência da mãe.
Assim, algumas cidades havia décadas não entravam nos documentos de seus filhos. Demóstenes apresentou o projeto conforme o pedido de Leônidas. No dia 26 de setembro do ano passado, apareceu a lei 13.484, que prevê exatamente o teor do projeto de Demóstenes sugerido pelo político de Varjão: “A naturalidade poderá ser do Município em que ocorreu o nascimento ou do Município de residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que localizado em território nacional, e a opção caberá ao declarante no ato de registro do nascimento”. Como a maioria das ideias levadas ao Congresso por Demóstenes, também essa não lhe foi atribuída: “O que interessa é que se fez justiça”, diz o procurador. “E a ideia nem foi minha, mas do Leônidas”.
Do Jornal Opção.
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